penso nos últimos dias
nas poesias
em toda sensação que me toma
na respiração da tua boca
na madeira fosca
nos seus braços apoiando meus joelhos
no encontro de qualquer desajeitado movimento
no beijo
no quase tocar das bocas, lábios e anseios
que se ligam na fragilidade do ar, indo e vindo
fecho os olhos puxando
as impressões vagarosas que sempre ficam
do suor
da saliva
da pele
que marcam o corpo
que tocam os seios
que escapam de toda palavra
de todo sentido
arrepio
tremor
abrigo
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