5.3.17

a gente gira...



a gente gira em torno do próprio umbigo, sofre e sente, pensa tanto, tentando entender as coisas, ver cada lado, sempre com os ruídos do egoísmo, do medo, da insegurança.

uma briga aqui e outra ali, quantas brigas é possível ter e o quanto essas brigas falam de medo e de amor.

sentir desse jeito desmedido, tão confuso e no fim das contas ser tão sozinha, se não faço alguma coisa, não tem ninguém pra fazer no lugar, todas as responsabilidades continuam ali, pairando e pesando, as vezes não consigo carregar.

desde os 20 anos, sigo conversando com aquela menina inquieta, poeta e triste, que persiste aqui dentro, por mais que a carcaça mude e as marcas do tempo apareçam, ela ainda existe e aperta em cada briga, em cada solidão, a cada amontoado de coisas que preciso dar conta de um jeito ou de outro.

as vezes tento só deixar o tempo passar, espero se acumular alguma energia ou acontecer alguma reviravolta pras coisas se tornarem menos difíceis.

agora mesmo a tristeza aperta e a noite vai ser longa até amanhecer e eu poder dar um abraço no Caio, pedir desculpas, dizer que toda aquela bronca é amor. e, disfarçar... que só de pensar nele uma semana fora de casa dá um medo tão grande, que eu não sei dividir, preciso tanto de ajuda, preciso sim, mas não sei confiar, não aprendi, isso não me deixaram aprender.


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