27.7.18

rascunho


tem uma coisa no canto dos seus olhos quando sorri. é que não é um sorriso qualquer, ligeiro, é suculento (rs!), de fazer brincadeira sentindo por dentro umas cócegas no coração, na buceta, nos abraços e nas dobrinhas. do peso do corpo solto no colchão e da cabeça envolvida nos braços, numa dança amarrada de pernas e quadris... cê conta uma coisa séria e outra, a gente emenda uma piada e uma música brega, vira gargalhada, vira corpo que se enverga e encosta mais um tanto as coxas. dá pra ficar horas num mergulho desse, olhando as bolhas se formando e estourando no ar, de respiração, de ideia, de afago.

um botão, outro e um alfinete, mordida forte sob a meia calça, surpreende a mordida suave e molhada na pele. que pele é essa que quando se encosta muda a temperatura do corpo inteiro, muda os sons em volta e a quantidade de saliva num beijo.

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