22.10.08

devaneios

atravessando a Av. Paulista, um filho puxado pela mão, muita gente no caminho, gente estranha, mistura de personagens que não combinam. o medo, sensação de insegurança, passo por um homem de aparência dionisíaca, cabelos compridos, com um arco na cabeça sugerindo feminilidade, sem roupas, veste apenas um cinto e tem dois pênis, aversão e curiosidade, passa. entro numa escola perdida dos 14 anos, muitas escadas e rampas, essa parte do sonho é repetida, já passou outras vezes pelas minhas noites, infestada de moleques, subo escadas rolantes, encontro uma arquiteta que trabalha comigo, vou correndo pela saída gritando pra ela vir também, àquela rua é perigosa, vamos ser assaltadas, subo uma ladeira, perco o fôlego, ela diz vagarosamente que poderia dar uma carona naquele trecho, passo por uma galeria e nesse momento sou assaltada de verdade, pego a carteira de borboletas, digo posso te dar só o dinheiro, calma, vou te dar todo o dinheiro, cai uma nota de 100 reais no chão, o menino não liga, senta na escadaria, pode ir embora moça, e o dinheiro fica ali no chão. passo mais uma vez por ruas perigosas, sempre cheia de gente brigando, sensação de estar no lugar errado, ruas confusas de atravessar, caminhões passam velozes e com o farol alto. estou em casa, essa também é cena repetida, é uma casa de madeira escura, corredores longos, fico brava, crianças estão brincando de pular do muro direto para a janela da minha casa, tem um barbante amarrado, um pequenininho pula, fico nervosa, isso é um perigo vcs vão se machucar, pego o menino por pouco e o seguro pelos punhos, fica pendurado do lado de fora do prédio, sinto o pavor de suas mãozinhas escorregando, caindo, o medo dele se machucar, o menino num susto, me solta, e cai no chão, sai correndo, eu abismada, ele inteiro. saio gritando pelos corredores, falando com as mães dessas crianças, eles podem se machucar, por favor segurem seus filhos. acordo suada, pisco uma duas vezes, meu quarto está lá, estou segura, tudo parece tão real, volto a dormir.