20.5.12

realidade

a cada momento me deparo com uma realidade, do passado principalmente, me vejo, revejo, em escolhas, em momentos, em rompantes que me fizeram ser o que sou... me pego querendo esmiuçar detalhes, lembrar dos efeitos que tudo isso teve em mim, mais, no meu filho, me sinto responsável por cada parte da história.

minha, minha, só minha culpa, meu controle sobre a situação falhou, sempre falha, culpa, realidade, falta de controle, falta de amor, de carinho.

até quando pretendo dar conta, até quando me sentirei capaz de controlar a ilusão, a solidão.

é, não vai dar, não mesmo, porque isso não é pra ninguém, não é porque sou eu, não tem nada haver com minhas falhas, sou eu e sou assim mesmo no que deu.

quer saber, ligar o foda-se é mais difícil pra mim, talvez pense assim por estar na minha pele, mas parece verdade absoluta, é difícil demais ligar o foda-se quando isso só é possível da maneira mais drástica e radical e aí é preciso escolher de novo. porra. escolhas são uma merda.

escolhas.

nelas tudo começa, nelas termina tudo, a confusão, o caos, a dificuldade, o que podia ter sido, a culpa, o fim, o não.

um dia eu tive um sonho e era tudo muito simples, as pessoas podiam se encontrar e gostavam de estar juntas, o compromisso umas com as outras era maior que tudo, e por isso tudo fazia sentido, a vida se formava em torno desse sentido e todos podiam se sentir menos sozinhos, todos se sentiam parte de alguma coisa e ficavam mais tranquilos, paravam de buscar em meios artificiais preencher o que só um toque humano é capaz, todos ali acariciavam os cabelos uns dos outros e o toque era tão suave.



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