21.5.12

recortes de um calendário

será que esse sentimento nos últimos tempos é alguma conspiração cósmica?

EM MEU MOMENTO DE LOUCURA, DE DEMÊNCIA, DE PERDER AS ESTRIBEIRAS:
CHEGA DE SOLIDÃO!!
(drama pesado, limite ultrapassado, loucura iminente)


http://lounge.obviousmag.org/arxvis/2012/05/marlene-dumas-ver-e-uma-forma-de-pensar.html


as vezes me sinto assim



momentos de um calendário


"É passando por esse processo de maior tranquilidade, paradoxalmente promovida por uma responsabilidade cada vez maior, dada a idade, a formação, a vida em si, e também pelo planeta estar passando por onde está agora é que eu sugiro: tenhamos calma, minhas amigas e meus amigos.


Sempre tem uma palavra que vai abrir em você a fenda temporal para os seus propósitos.

Essa palavra flagra a nossa mente se expandindo. É o seu sinal. Seu salto.

*Rubem Alves conta um aforismo que diz: concha feliz não faz pérola...

Esse negócio de variação é sério, veja:
Divagar e sempre."

"Vou levar a cabo aquela história de criar um novo calendário que será único, com uma nova divisão do tempo ou não-divisão e que terá que ser reescrito até a eternidade rsrsrs, por isso, único sempre, um calendário pessoal, nada de universalismos. Se vocês quiserem participar. Inclusive um calendário que pode ser construído simultaneamente com a vida, chega de tradicionalismo opressor!


Considerando que o nosso calendário ocidental é feito para atender as necessidades da nossa cultura (cultura entendida como conjunto de ideias, comportamentos e práticas sociais artificiais), porém a cultura é generalizada, pois ela é formada por uma série de nichos de culturas complexas, apesar da forte preponderância da cultura ocidental cristã com a qual não estamos muito felizes, há outras crenças e uma... história que não é muito refletida por nós no dia-dia.

Então hoje não ser segunda-feira e o dia não ter 24h será minha pequena rebelião pessoal, criando novos conceitos.

Pensei nisso ser feito em conjunto por termos criado uma nova dinâmica cultural particular."
 
(autora adormecida - juli ribeiro)


desobediência civil e brechas do sistema são cada vez mais inevitáveis e talvez a saída do sufoco desse sistema maluco que impoe coisas absurdas em nome da sobrevivência da economia, mas e a sobrevivência das pessoas, como fica!?


DESOBEDIÊNCIA E BRECHAS DO SISTEMA!!! TAMOS AÍ!


Gente, sério, leiam esse texto, cheio de amor e de dor, um texto desse deveria ser entregue nas mãos de cada político, de cada juíz, de cada policial, de cada cidadão.


Assim como os conceitos e princípios que o embasam, gostaria que o tivéssemos como um guia valioso, para nunca esquecer o que realmente importa nessa vida!!




[...] Quanto a mim, vivo sozinho, inteiramente só. Nunca falo com ninguém; não recebo nada, não dou nada.Faz já muito tempo que ninguém se preocupa com o que faço. Quando se vive sozinho, já nem mesmo se sabe o que é narrar: a verossimilhança desaparece junto com os amigos.Raramente um homem sozinho sente vontade de rir.Incomoda-me estar só. Gostaria de falar com alguém sobre o que está me acontecendo, antes que seja tarde demais, antes que eu comece a assustar os garotinhos.Nunca como hoje tive o sentimento tão forte de ser alguém sem dimensões secretas, limitado a meu corpo, aos pensamentos superficiais que sobem dele como bolhas. Construo minhas lembranças com meu presente. Sou repelido para o presente, abandonado nele. Tento em vão ir ter com o passado: não posso fugir de mim mesmo.Pa...ra que o mais banal dos acontecimentos se torne uma aventura, basta que nos ponhamos a narrá-lo.Quando se vive, nada acontece. Os cenários mudam, as pessoas entram e saem, eis tudo. Nunca há começo. Os dias se sucedem aos dias, sem rima, nem solução: é uma soma monótona e interminável. De quando em quando, chega-se a um total parcial, dizendo: faz três anos que viajo, três anos que estou em Bouville. Também não há fim: nunca deixamos uma mulher, um amigo, uma cidade, de uma só vez. E todos os lugares se parecem: Xangai, Moscou, Argel, ao fim de uma quinzena é tudo igual. Por alguns momentos - raramente - avaliamos a situação, percebemos que nos envolvemos com uma mulher, que nos metemos numa confusão. Por um átimo. Depois disso o desfile recomeça, voltamos a fazer as contas das horas e dos dias. Segunda, terça, quarta. Abril, maio, junho. 1924, 1925, 1926. [...]


Trecho: A Náusea - Sartre

"o livro traz um curioso mapa de Nova York com os lugares onde ela morou e que viraram referências em seus livros, além de traçar um painel das esquisitices da autora, que deixou dezenas de diários --mesmo íntimos, muitos eram dissimulados. "Suas obsessões --amor, objetos, tempo, listas etc.-- se repetiam em todos os aspectos da sua vida e obra", diz Schenkar. "Por causa disso, tive que criar uma forma nova de biografia. Organizei meu livro de acordo com suas obsessões, e não de forma cronológica. Foi a melhor maneira de explorar e de revelar sua arte e sua vida."


"e não. eu não tô brincando... vou começar uma nova campanha "por um mundo menos hostil". pq já tô ficando triste.


[o título é da letra do los hermanos "de onde vem a calma", hehehe]"

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