3.4.13

o amor, o tempo e o jeito




a madrugada já chegou e nem peguei no meu trabalho
o dia foi pesado
quero pensar sobre o amor
sobre essa vida que levamos e que nos afasta das pessoas
por que diabos fazemos tanto, nos enfiamos em tantas coisas pra não conseguir fazer o que mais importa?
não sei de verdade que caminho é esse que estou seguindo, se faz sentido
tenho um grande medo de estar sendo descuidada, deixando o tempo passar, e mais um dia, mais uma semana, anos, respirações sem sentido
a morte vem e nos sacode
que diabos você está fazendo da sua vida?
tenho aprendido a não jogar tudo para o alto
a acreditar que essa rotina tem motivo
mas caramba, meu peito só me diz o contrário
ele sente, sente forte e não quer saber de horários, de controle, de cumprir tarefas empilhadas e infinitas
deve existir um jeito de combinar essa força sufocada e que quer sair
com alguma necessidade desse mundo caótico

tento não pensar tanto pra não entrar em pânico

mas a sensação de limite não me deixa enganar
preciso de tempo
tempo aqui dentro
pra pensar e enxergar as coisas
organizar as intenções
as emoções, o que faço, o que passo adiante

e todo amor que há nessa vida
que transborda aqui no peito
não quer mais esvair pelo ralo


5 comentários:

  1. "Todo amor que houver nessa vida
    E algum veneno antimonotonia"

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    Respostas
    1. :)

      quando vou poder comentar de novo no seu blog!?
      saudades de me intrometer nas suas palavras! rs

      beijo!

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    2. Tinha gente que se intrometia de uma forma muito deselegante, então bloqueei todos os comentários. Mas sinto falta das boas intromissões.
      De qualquer maneira, acho que o Poenas do. não é mais um blog; ou nunca foi, sei lá. É um caderninho de anotações, bem chinfrim.

      Beijo!

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    3. acredito que relações intempestivas tem como fio condutor a incoerência, nata, sem saída, me parece que de outro jeito não seria possível...
      odiar, amar, sumir e estar presente... tudo ao mesmo tempo, sem jeito: é inevitável.
      e você sabe bem como é isso, estou errada?

      ;)

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    4. Acho que mais que o fio condutor, a incoerência é o meio de cultura das relações intempestivas, até mesmo porque não há uma direção, nem mesmo um caminho. E a intempestividade é o que faz a gente se sentir menos boneco de pano no teatro mundano.
      Ou talvez seja exatamente o contrário.

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