4.11.14

presente, distante


caderno, 1989, Leonilson

essa saudade que vem brincar de tirar meu rumo
me distrai, encanta, enreda
toma conta dos espaços
abre portas esquecidas
passa suave como vento pela nuca
conta mentiras no meu ouvido
quer ser maior que eu
quer amar a dúvida
se esconde na minha cama
passa ligeira a mão na minha barriga
sente o ar que sai da minha boca
acha graça dos meus sonhos surrealistas

essa saudade
que insiste em ser vontade

essa saudade
que te faz presente
que te faz distante

que não quer saber de sossego
até te absorver


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