15.2.11

um monólogo por enquanto

uma conversa


um monólogo por enquanto

bom dia, quero conversar com você, pode ser!?

bom é que fiquei incomodada com o jeito que falou comigo ontem e achei melhor esclarecer algumas coisas:

- sim eu tenho restrições quanto a sua forma de trabalhar, não posso negar, e estou tentando lidar com isso da maneira mais objetiva e positiva para o projeto que pretendemos realizar.

- quanto ao meu jeito de trabalhar, trabalho com base em compromissos. não consigo deixar de ser transparente, o que penso e como me sinto está sempre estampado na minha cara. e tento ao máximo respeitar as pessoas, independente de quem seja, e por mais que eu não concorde com suas ideias e práticas.

- fiquei muito aliviada em nossa primeira reunião pois nosso chefe deixou bem claro que valoriza o compromisso acima de muitas outras coisas, como bater ponto ou cumprir tarefas mecanicamente por exemplo.

- para que eu assuma um compromisso qualquer: primeiro eu preciso saber de sua existência. Segundo, no caso de uma reunião, preciso saber que fui convidada ou até mesmo convocada (como parece ser a sua forma de trabalhar), preciso saber a hora e local, senão simplesmente não vou, e nesse caso ainda não se trata de nenhuma resistência, pois nem sabia que tinha sido convidada! haha

- agora a parte mais complicada, para que eu assuma um compromisso verdadeiramente, e só consigo assumir dessa forma, preciso acreditar nele. Não adianta usar de tom autoritário, arrogante e de hierarquia, estou aberta sim, a argumentação. me convença se for capaz.

- assumi um compromisso com a Instituição que trabalho sim, mas assumi um compromisso maior ainda com os ideais em que acredito, e que confio fortemente que são afins aos objetivos e missão verdadeiros da Instituição, independente de quem está a frente da administração nesses 4 anos. administração que possui o poder, sim está certo, mas que é pequena diante da história e do número de pessoas que estão envolvidas direta ou indiretamente.

- quer que eu te escute, fale comigo direito.

- quer que eu acredite em suas propostas, argumente para além de seus interesses pessoais, se é que isso existe.


- quanto mais tentar me controlar menos poderá contar com a minha colaboração e mais a minha cara ficará fechada (ainda não possuo dons zens de auto controle para não me deixar afetar).

- quanto mais arrogante for, menos te escutarei, menos acreditarei, menor será a minha admiração (que nesse caso nem existe, precisaria ser construída, eu que sou uma otimista incorrigível e “a esperança é a última que morre”, nesse caso especificamente, a esperança coitada está internada na UTI cheia de tubos) .

- ah e não me venha com conversas do tipo, agora vai ser tudo diferente. eu tenho história, eu tenho memória, eu tenho exemplos e eu estudo para não ser refém da ignorância e do tiranismo. Eu questiono, discordo e me permito ser e fazer diferente do que sempre existiu. Não me peça para agir conforme sua cabeça, tenho a minha em pleno processo de crescimento e transformação e não tenho o menor interesse em retroceder.

- acredito em relações horizontais, os dois lados ou múltiplos lados, se ouvem, falam, se respeitam, cedem, colaboram e entre outras coisas aprendem!

As partes em negrito são as que pretendo falar realmente. As partes em itálico são as que terei que deixar guardadas, em parte pela capacidade de compreensão, em parte para evitar desperdícios desnecessários, um dia quem sabe.

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