28.7.08

primeiro dia

escrever para ninguém, para mim.
é isso, lembrar o que passou, tentar colocar as coisas em seus lugares, devidos ou não, de forma que eu possa continuar, eu quero continuar sem restrições, sem e se, sem dor, a dor anda de mãos dadas com o amor, eu não sei.

sempre escrevi, tive mil diários, escrevi meus dias e minha agonias principalmente, quero tentar outra coisa, escrever o que passou, parar de resolver as coisas no soluço, pensar a minha vida.
escrevi mais quando estava triste, agora não sei bem o que estou, acho que estou querendo felicidade, encontro, saboto, volto atrás.
quero parar de esbarrar em lembranças, ligar um momento do presente com uma sensação do passado, quero largar o rancor, odeio isso, me prendo a isso, vício tem cura será, tem vício que não sai do pé, fica a espreita de uma brecha, que saco!!!
sempre me acharam muito normal, uma vez ou outra que deixei uma loucura aparecer foi um choque pra todo mundo, o universo na minha cabeça sempre ficou muito bem guardado e sufocado, muitas vezes tive falta de ar, literalmente, eu uso bombinha quando a coisa fica feia, muletas para continuar.
ultimamente estou aprendendo a respirar, respirar sozinha e livre, expandir o pulmão, respirar pelo nariz, deixar a poluição de fora, as vezes meu nariz sangra, é a falta de costume.
Pra primeiro ta bom, eu sei que tá uma chatice, mas é só pra mim, tenho um gosto especial por coisas chatas, gosto de filme devagar quase parando, música lenta com voz quase de choro, conversa sem lógica sem fim... é eu sei, eu sou chata, mas estou gostando assim, um pouquinho mais!