12.8.08

não, ela não quer escrever sobre drogas e álcool e sexo, ela não conhece essas coisas, só ler em livros e olhos vidrados em telas de cinema não permitem a sensação, inventar, ela não seria capaz, se encontra no mesmo dilema dos escritores cdfs que não tem vida pra contar, tem medo de se entregar a esbórnia e choram quando estão cada vez mais próximos da decadência, ela não tem fome, se enche de pão todas as manhãs, não ela não enfia os dedos na goela e nem vomita todos os dias, contar para quem, para que?, não existe razão para ler uma linha do que passa por sua cabeça, ela não é interessante, é mais uma de mais alguns de outros tantos, gemendo, sufocando, falando para o nada, para o mal, coisa do diabo, poder, poder falso, desilusão, achar que pode tudo, qualquer coisa, isso é um grão de areia, nem isso, é um pozinho insignificante, pergunte ao pó, pq lá estão as respostas, lá está tudo e tudo é insignificantemente desastroso. palavras jogadas, perdidas, em vão, o mundo não tem olhos para isso e pq teria? isso não enche barriga nem esclarece confusão alguma. na verdade a distância é extremamente recomendável, perturba esse negócio, ela é descomprometida com seus putrefatos, com suas putas, está preocupada demais com tudo que há de mais pudico nesse mundo, graça, tem graça essa menina, é de dar dó.


coitado é filho de rato que nasce pelado, dó, peninha é coisa de quem está triste, deprimido. eu tenho pena de quem chora de quem chora eu tenho dó, eu tenho pena de quem chora quando o choro é chororó.